Iluminemos o coração, com a lâmpada acesa do amor, cada
vez que a nossa palavra se dirija aos irmãos desencarnados, ainda
presos à turvação de consciência
Lembremo-nos de que nos achamos, à frente de enfermos, requisitando-nos compreensão e carinho.
Quem se atreveria, em nome da bondade, a cercar um
náufrago desditoso com o manto opressivo da curiosidade
descaridosa, ao invés de oferecer-lhe pronto socorro? Não lhe bastaria o tormento
da inquietação nas ondas escuras da morte?
Quem se dispõe ao amparo dos espíritos amargurados, em
desânimo e desespero, precisará erguer a própria alma à sublimidade
do amor mais puro, a fim de socorrer com proveito.
Muitas vezes, as objurgatórias e reprimendas dos grandes
juízes não conseguem, junto dos irmãos transviados, um centímetro de
renovação edificante, suscetível de ser alcançada pelo estímulo
carinhoso de uma simples frase paternal.
Todos possuímos desafetos do passado.
A Terra ainda não é residência das almas quitadas com a
Lei.
Todos somos devedores ou doentes em reajuste.
Por isso mesmo, em nos comunicando com os adversários ou companheiros do pretérito ou do presente, mergulhemos a
alma na fonte cristalina da boa vontade com Jesus, para que as nossas
palavras não soem debalde.
Só o amor atravessa as paredes compactas do cárcere em
que a ignorância se aguilhoa à penúria de espírito, conduzindo
aos antros sombrios de nossos débitos a santificante claridade da libertação.
Meimei
Livro: Sentinelas da Alma. Psicografia de Francisco
Cândido Xavier
Fique na Paz de Jesus!
Fique na Paz de Jesus!
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